quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Bastidores da política desta quinta....

Imperatriz - Confira alguns tópicos da "Coluna Bastidores", escrita pelo jornalista, Coló Filho, no jornal "O Progresso", edição deste quinta-feira, 10 de setembro de 2015.
Jornalista, Coló Filho, de O Progresso.

Bastidores
10 de setembro e 2015

Nada mudou
Muita tempestade e pouca chuva em torno da polêmica “Lei dos Bares”. Depois de vários dias de reuniões, discussões e até ataque ao bispo, ontem a Câmara Municipal de Imperatriz encerrou o assunto. Mas nada de novo. Ficou tudo como estava. Continua prevalecendo a atual lei, que iria sofrer alterações com a mudança de horário de funcionamento das casas de show e boates. Na sessão de anteontem, os vereadores decidiram que seriam criadas duas leis – uma para bares, pizzarias e lojas de conveniência, e outra para boates e casas de show. Ontem, seria colocada em votação a lei relacionada a bares. Mas antes que o projeto fosse lido, o vereador Chiquim da Diferro apresentou um pedido de seu arquivamento. O presidente da Casa, José Carlos Soares, nem levou a discussão, pois o requerimento continha 16 assinaturas, portanto a maioria dos vereadores. Ficou, assim, prevalecendo a lei atual, que determina o fechamento de todos os estabelecimentos às 2 horas. Protesto dos donos de casas noturnas e comemoração do Comitê da Cidadania. As galerias da Câmara estavam lotadas, mas não houve incidente.

Culpado?!
Nos corredores da Câmara a opinião era uma só: - estava tudo se encaminhando para que fosse aprovada a alteração do horário de funcionamento das boates e casas de show, passando das 2 para as 4 horas. Mas tudo deu para trás depois que um cantor sertanejo desrespeitou o bispo. Alguns vereadores que estavam inclinados a votar pela alteração recuaram.

Corrigindo
O vereador Carlos Hermes não defendeu a alteração do horário para as 4 horas. Ele defendeu a manutenção de 2 horas. Tanto que assinou o pedido de arquivamento do projeto.

Favorável
O vereador Raimundo Roma foi um dos cinco vereadores que não assinaram o pedido de arquivamento do projeto. Mas na sessão de ontem ele se disse favorável. Não assinou porque queria revelar o seu voto em plenário, achando que a matéria fosse colocada em votação. Portanto, apenas quatro ficaram realmente contra o arquivamento: - José Carlos, João Silva, Fidélis Uchoa e Antonio Pimentel.

Fiscalizar
Assunto encerrado, a lei continua a mesma. Agora é necessário que os órgãos competentes fiscalizem e que não haja dois pesos e duas medidas. Houve casos em que uma boate era fechada e outra funcionava até a hora que bem entendia. O proprietário da Texana se queixava de perseguição. Também não adianta só fechar às 2 horas. É preciso que as casas de show e boates se adequem às normas, especialmente na questão do isolamento acústico.

E...
Na Câmara e fora dela muito se debateu sobre a questão do sossego público. Mas pouquíssimo se falou sobre o policiamento na cidade durante a noite, horário mais propício para o  cometimento de crimes, como homicídios e assaltos. E mais: os maiores geradores de violência na cidade, hoje, são as drogas, vendidas nas centenas de boca de fumo espalhadas por toda a cidade. É nisso que também deve ser focada a discussão, no momento mais centrada em bares. Basta fazer um levantamento  dos homicídios para se saber o grande percentual que tem o tráfico de drogas como motivação.

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