sábado, 16 de fevereiro de 2013

Horário de verão termina neste domingo...


São Paulo - Por não conseguir se acostumar à alteração da rotina, que inclui noites começando ainda sob a luz do dia, grande parte da população brasileira torce o nariz para horário de verão, que termina à 0h deste domingo (17). A mudança no relógio, porém, provoca grande redução na procura por eletricidade e, assim, ajuda a minimizar as chances de apagão no Brasil.

O professor do Departamento de Engenharia Elétrica do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) Reinaldo Castro Souza diz que a principal vantagem do horário de verão é que os brasileiros passam a “usar mais a luz natural”, deixando de lado a artificial.

[O horário de verão é importante] principalmente por estender a utilização da luz natural em um horário em que a demanda por energia aumenta, [por exemplo] no horário em que termina o comércio e as pessoas voltam para casa, entre 18  e 19 horas.

Apesar de a mudança “suavizar a demanda” por energia elétrica e reduzir o consumo entre 4% e 5%, o professor diz que, para o trabalhador, essa alteração no horário pode ser considerada desvantajosa.

O relógio biológico não funciona e demora muito tempo para acostumar com essa 'uma hora antes'.

Souza garante que esse “desconforto” da população não é em vão, pois pode reduzir as chances de algum tipo de racionamento de energia. Segundo o especialista, muita demanda por luz pode acarretar em um “risco de fornecimento”.

Qualquer economia na demanda está garantindo o maior suprimento e mais segurança no fornecimento de energia.

O horário de verão termina amanhã, e os relógios devem ser atrasados em uma hora exatamente à meia-noite para quem mora no Sul, Sudeste, Centro-Oeste, além do Tocantins.

O MME (Mistério de Minas e Energia) divulgou na última sexta-feira (15) que a economia chegou a 2.477 MW durante o horário de verão, mostrando que a faixa de 4,5% foi alcançada neste ano.

O órgão estimou, em 2012, que o País conseguiria poupar cerca de R$ 280 milhões com a medida, o que representa uma economia de R$ 2,3 milhões ao dia.

* Colaborou Giorgia Cavicchioli, estagiária do R7.

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