terça-feira, 23 de agosto de 2016

Brasil tem o melhor desempenho em Olimpíadas.

Rio - 2016 - O Brasil teve seu melhor desempenho em olimpíadas, na Rio 2016 ao terminar na 13ª colocação no quadro geral de medalhas. Foram 7 medalhas de ouro (atletismo, boxe, judô, vela, vôlei de praia, vôlei de quadra e futebol), 6 medalhas de prata (duas na canoagem, duas na ginástica, tiro e vôlei de praia) e 6 de bronze (canoagem, ginástica, duas no judô, natação e taekwondo). É verdade também que não houve batida de meta do Comitê Olímpico do Brasil. A ideia era ficar entre os 10 melhores no quadro geral por total de medalhas. Mas das 33 modalidades olímpicas (as ginásticas e as diferentes disciplinas do ciclismo foram unificadas), 17 tiveram um desempenho brasileiro melhor do que em 2012. Mais do que isso, em 13 delas nunca tivemos resultados tão bons (ou igualamos as melhores marcas anteriores). É o caso da canoagem velocidade, com o três vezes medalhista Isaquias Queiroz, com o ouro do futebol masculino ou as primeiras vitórias olímpicas da esgrima (incluindo a eliminação de um campeão mundial).

As 7 medalhas de ouro

Atletismo
Após passar em branco em Londres-2012, Thiago Braz foi campeão olímpico, 1º ouro desde Maurren Maggi em Pequim-2008. O atletismo brasileiro não está em ascensão apenas pela medalha com recorde olímpico de Thiago Braz. Nas provas de campo, principalmente, o crescimento de desempenho foi notável. Darlan Romani, do peso, e Wagner Domingos, do martelo, não medalharam, mas chegaram à decisão com chance de pódio. Além disso, a marcha atlética foi muito bem: quarto lugar de Caio Bonfim e o sétimo de Érica Sena nas provas de 20 km.

Boxe
O Brasil só levou uma medalha, mas Róbson Conceição é primeiro boxeador brasileiro campeão olímpico. Todos sabiam que superar Londres-2012 seria difícil, com as três medalhas conquistadas por Adriana Araújo (bronze) e os irmãos Esquiva (prata) e Yamaguchi Falcão (bronze). Mas o desempenho no Rio de Janeiro pode ser analisado por dois prismas. O primeiro: Róbson Conceição, nos 60 kg, é o primeiro brasileiro a conquistar um ouro na modalidade. Por outro lado, foi o único do país no pódio. E só outros dois membros da delegação lutaram por medalha, parando nas quartas de final (Michael Borges nos 81 kg e Andreia Bandeira nos 75 kg).

Judô
Brasil saiu com um ouro (Rafaela Silva) e dois bronzes (Rafael Silva e Mayra Aguiar), uma medalha a menos do que em Londres-201. É difícil falar que o esporte que mais medalhas rendeu para o país na Rio-2016 (três, o mesmo que a canoagem) teve um desempenho ruim. A questão é que o esporte chegou aos Jogos com cinco atletas que subiram ao pódio de campeonatos mundiais nos últimos quatro anos e saiu do Rio de Janeiro com uma medalha a menos do que ganhou em Londres-2012. Rafaela Silva chegou à redenção após o trauma há quatro anos e Rafael Silva e Mayra Aguiar igualaram seus desempenhos. Mas Sarah Menezes (campeã olímpica), Érika Miranda (três medalhas em três mundiais desde 2012), Maria Suelen Altheman (duas vezes vice-campeã mundial), Victor Penalber (bronze no Mundial de 2016) e Felipe Kitadai (bronze em 2012) saíram dos Jogos em branco.

Vela
Martine e Kahena são ouro e Brasil faz outras seis medal races. O número de medalhas do Brasil na vela em 2016 foi o mesmo de Londres-2012, quando Robert Scheidt e Bruno Prada ficaram com o bronze na classe Star. Mas o panorama da modalidade mudou em quatro anos. Nas águas da Baía de Guanabara, Martine Grael e Kahena Kunze confirmaram seu domínio na classe 49erFX com o ouro (para seguir o título mundial de 2014). Além disso, outras seis classes chegaram à medal race (incluindo Robert Scheidt na Laser e Jorge Zarif na Finn, que terminaram em 4º lugar), contra apenas duas em 2012.

Vôlei de Praia
Alison e Bruno Schmidt ficam com ouro, Agatha e Bárbara são prata. No local que ajudou o vôlei de praia a se tornar um esporte olímpico, o Brasil reconquistou a medalha de ouro. Alison e Bruno Schmidt eram os favoritos e terminaram com o título, mas Evandro e Pedro Solberg decepcionaram, eliminados nas oitavas de final. No feminino, em que o país sonhava com uma final verde-amarela, foram as principais favoritas que decepcionaram. Larissa e Talita caíram nas semifinais e na decisão do bronze, acabando sem medalhas. Agatha e Bárbara, que chegaram à decisão após vencer a até então imbatível Kerry Wallis (ao lado de April Ross), perderam a final para as alemãs Ludwig e Walkenhorst.

Vôlei de quadra
Seleção masculina levou o ouro após 12 anos, mas time feminino parou nas quartas de final. Pode parecer estranho afirmar que o esporte que conquistou a última medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos piorou seu desempenho. Mas essa é uma afirmação matemática. Pela primeira vez desde 1988 a seleção feminina não atingiu a semifinal olímpica. Um fato inesperado para um time que defendia o bicampeonato olímpico, como faziam José Roberto Guimarães e suas jogadoras. A seleção masculina manteve o bom momento, com sua quarta medalha seguida, a terceira de ouro da história.

Futebol
Primeiro ouro da história veio nos pênaltis, com consagração de Neymar. O último título que o futebol do Brasil não tinha foi conquistado com o Maracanã lotado, em uma decisão por pênaltis dramática, decidida na última cobrança e convertida por Neymar. O Brasil finalmente é campeão olímpico em seu esporte nacional, após três derrotas em finais (incluindo a prata de Londres-2012) no masculino e duas no feminino. As mulheres também melhoraram em relação a 2012 (quando pararam nas quartas), com o quarto lugar.

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