Os bancários decidiram, em assembléia geral, acabar com a greve da categoria, que durou 15 dias. A decisão de retomar os trabalhos a partir de hoje foi tomada ontem na sede do Sindicato dos Bancários do Maranhão (Seeb/MA). Somente o Banco da Amazônia não definiu o fim da greve, que ficou para ser decidido hoje.
Apesar da maioria absoluta dos integrantes do movimento grevista do Seeb/MA terem votado contra o fim da greve, a negociação entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e os grevistas decidiu em regime nacional o fim da paralisação no Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (CEF) e também nos bancos privados.
Com o resultado, o BB e a CEF vão reajustar os salários de todos os funcionários em 7,5%, e também concederão aumento de 7,5% no valor dos benefícios. E o piso dos funcionários contratados será de R$ 1.600, mesmo os que possuem um ano de contrato.
A proposta da Fenaban definiu ainda um reajuste de 7,5% no salário dos funcionários que recebem até R$ 5.250,00. Acima desse valor, a entidade oferece aumento no valor fixo de R$ 393,75, garantindo reajuste mínimo de 4,29%.
Segundo o presidente do Seeb/MA, David Sá Barros, com a proposta da Fenaban, o piso salarial, que hoje é de R$ 1.074,46, passará para R$ 1.250, um reajuste equivalente a 16,33%. A participação nos Lucros e Resultados (PRL) terá o mesmo valor do ano passado acrescido 7,5%.
Histórico – A greve que começou desde o dia 29 de setembro teve proposta inicial, por parte dos bancários, de reajuste de 24% e participação nos lucros dos bancos, além de melhores condições de trabalho; saúde dos trabalhadores; combate ao assédio moral; mais segurança nas agências; valorização do piso salarial e da PLR; criação de planos de cargos e salários; reajuste salarial compatível com os lucros do setor financeiro; contratação de mais bancários para diminuir as filas e o fim dos correspondentes bancários, com a substituição desses por novas agências.
Segundo a direção do movimento grevista, as exigências tiveram como base o lucro de R$ 21,3 bilhões dos bancos só no primeiro semestre.
Fonte: O Estado do Maranhão.
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