terça-feira, 8 de abril de 2014

Bastidores da política desta terça...

Imperatriz - Confira alguns tópicos da "Coluna Bastidores", escrita pelo jornalista Coló Filho, no jornal "O Progresso", edição desta terça-feira.

Jornalista, Coló Filho, de O Progresso.

Bastidores
Abril 8, 2014

Desistência
Embora fosse uma coisa já prevista por muitos, o mundo político maranhense foi sacudido pela desistência do ex-secretário da Infraestrutura, Luís Fernando Silva, da pré-candidatura ao governo. Anunciando obras e inaugurando outras por todo o estado, além de articulações políticas com prefeitos e vereadores, LF procurou viabilizar o seu nome, no entanto sem conseguir percentuais satisfatórios nas pesquisas de intenção de votos. Mas não foi exatamente isso o motivo de tê-lo levado a desistir da disputa. Luís Fernando queria concorrer já sendo governador, escolhido em eleição indireta pela Assembleia Legislativa. Com as chaves do cofre do Palácio dos Leões, a sua candidatura seria mais forte. Como não deu certo a engenharia política armada pela governadora Roseana Sarney, resolveu desistir. LF não saiu atirando, pelo contrário, na nota divulgada sobre a sua desistência manifestou gratidão à governadora e garantiu que permanece como integrante do grupo, prestando apoio ao governo. Ontem pela manhã visitou Roseana no Palácio dos Leões.

Nome
Pelo menos até o momento em que a coluna era redigida, o Grupo Sarney ainda não havia oficializado o substituto de Luís Fernando. Mas vem sendo dado como provável candidato o suplente de senador e atualmente no exercício do cargo, Edison Lobão Filho. Edinho ainda não foi testado nas urnas, mas conforme acham alguns aliados, teria possibilidades de disputar a eleição com chances de vencer, devido à força política-eleitoral do seu pai, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que já estaria contactando prefeitos para garantir apoio. Mas Edinho não é unanimidade no grupo, que pode sofrer baixas.

Fora
Desde quando declarou apoio à pré-candidatura de Luís Fernando, o prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, fazia questão de ressaltar que o seu compromisso era com o ex-secretário, dando a entender que, se LF não fosse o candidato, ele não teria obrigação de apoiar outro nome do Grupo Sarney. Agora com LF fora do páreo, possivelmente Madeira não se envolva nas eleições, especialmente se o candidato for mesmo Lobão Filho. O relacionamento de Madeira com os Lobão azedou em função das obras do PAC na Vila Cafeteira, que eram feitas por uma construtora de um filho do senador. E Madeira também não demonstra nenhuma simpatia pelo comunista Flávio Dino.

Efeito
A saída de Luís Fernando mexe com todo o quadro político da situação. O PT, por exemplo, já está decidido a repensar a sua aliança com o PMDB, que era garantida se LF fosse o candidato. O presidente estadual da sigla, Raimundo Monteiro, viajou ontem a Brasília para discutir o assunto com o comando nacional. Se decidir tomar outro rumo, o PT deverá fechar aliança com o PCdoB, garantindo um bom tempo no programa eleitoral gratuito.

E...
Com o PT saindo, estaria sendo aberto um caminho para o PSDB fechar acordo com o PMDB. Como PT e PSDB são adversários nacionalmente, não haveria possibilidade de uma aliança com o grupo Sarney, mas com o PT fora, a situação seria outra. E o PSDB fechando com o PMDB, o ex-governador João Castelo poderia integrar a chapa majoritária como candidato a senador.

Opção
As especulações são muitas. Há aqueles que acreditam que o candidato a governador será o senador João Aberto de Souza. Uma das opções do banco sarneysta para o decorrer do jogo, João Alberto não teria assumido a Secretaria de Segurança exatamente para não se tornar inelegível. Aliados o veem com forte potencial eleitoral. É ex-governador e tem a fama de ter enfrentado o crime organizado.

Será?
O clima é de euforia no grupo oposicionista. Comunistas e aliados acham que com a saída de Luís Fernando e a entrada de Edinho Lobão, a eleição de Flávio Dino está sacramentada. Pode até ser, mas prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.

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