domingo, 26 de fevereiro de 2023

Brasil pode ter piloto na F-1 2023

Felipe Drugovich pode se tornar o 33º brasileiro a correr na Fórmula 1.
(Foto: 
Qian Jun/MB Media/Getty Images)

Bahrein - É oficial: o brasileiro Felipe Drugovich será o substituto de Lance Stroll caso o canadense não tenha condições de pilotar no próximo domingo (5) - o que é o mais provável, já que Stroll ainda não se recuperou das fraturas dos dois punhos, ocasionadas por um acidente de bicicleta na Espanha, no último dia 21. A Aston Martin anunciou em suas redes sociais que ainda vai aguardar a avaliação médica da condição de Stroll nos próximos dias, mas que caso a recuperação não seja total, Drugovich estará ao lado de Fernando Alonso na estreia da temporada 2023 de Fórmula 1, dia 5 de março, no GP do Bahrein. - "Uma atualização em nossa escalação de pilotos para o GP de Bahrein. A equipe continuará a dar a Lance todas as chances de correr, enquanto se recupera de sua lesão. Caso ele não esteja em condições de competir, Felipe pilotará o AMR23 ao lado de Fernando" - comunicou a Aston Martin.

Caso isso se confirme, o jovem paranaense de 22 anos será o 33º piloto do Brasil a largar na F1, antecedendo o compatriota Pietro Fittipaldi nos GPs de Sakhir e Abu Dhabi de 2020 - este substituindo Romain Grosjean na Haas. Drugovich foi quem assumiu a vaga de Stroll na pré-temporada, entre os dias 23 e 25 do último mês.

Campeão da Fórmula 2 em 2022, Felipe guiou o AMR23, carro do time britânico, em duas manhãs dos testes da F1. Na primeira, sofreu uma falha eletrônica e acabou com o sétimo tempo matinal e 14º no fim do dia. Já na última, foi o terceiro mais rápido da primeira sessão e décimo na classificação final.

O jovem da cidade de Maringá começou a competir aos oito anos de idade, dividindo sua carreira no automobilismo entre o Brasil e a Europa antes de conquistar o primeiro título da F2 para o Brasil, em sua terceira temporada na categoria. Drugovich vem de uma família com tradição no esporte - sobrinho do campeão da Fórmula Truck Oswaldo Drugovich Júnior, e do também piloto Cláudio Drugovich. Na F2, fechou 2022 com cinco vitórias, totalizando oito ao longo da carreira e superando as sete recorde dos também campeões Charles Leclerc e George Russell. Drugovich ainda conquistou seis pódios na última temporada.

O paranaense, que assinou com a Aston Martin logo após seu título da F2 - conquistado antecipadamente na etapa de Monza em setembro -, divide a função de reserva no time britânico com Stoffel Vandoorne, ex-F1 e campeão da Fórmula E. Ele, no entanto, se ocupou com o ePrix da África do Sul no fim de semana dos testes da Fórmula 1 e por isso, antecipou que Drugovich seria chamado. - "Discutimos a situação, eu sabia e a equipe também. Estou ocupado com a Fórmula E neste fim de semana na Cidade do Cabo (ePrix da África do Sul) e não poderei participar dos testes no Bahrein. A corrida é um cenário difícil para mim. Se Lance não estiver disponível, não me surpreenderia se Felipe corresse. É um pouco frustrante pra mim mas é algo a se compreender. Ele vai ter feito todos os testes e estar mais preparado" - disse Vandoorne.

Fonte: Globo.com

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