Presidente da Câmara Municipal, vereador José Carlos. (Foto: Fábio Barbosa) |
Imperatriz - Em sessão nesta semana, a vereadora Irmã Telma (PROS), no uso da Tribuna provocou uma discussão voltada a situação do bairro Sebastião Régis e os abusos que a Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão (CAEMA), vem cometendo. - “Contas de R$ 300 R$ 500 e até R$ 950 reais em um único talão, isso não existe, é inadmissível, pois ali moram pessoas que receberam casa em sorteio do Minha Casa Minha Vida, de baixa renda. Como irão pagar água nesse valor? Baixa qualidade de vida e péssima qualidade dos serviços. Muita gente com o fornecimento cortado não tem mais como sobreviver e tem que pedir água para os vizinhos. O líquido ainda é contaminado e está causando problemas nas crianças e nos idosos. Água é vida e sem ela ninguém pode sobreviver. Tem gente que já saiu de lá e voltou a pagar aluguel no centro”, disse a vereadora.
Irmã Telma continuou informando que na Vila Davi 2 a qualidade também é péssima, mas nada que se compara ao problema do Sebastião Régis. Valores normais no centro são de R$ 30, R$ 50 reais, mas lá ela pegou um talão de mais R$ 900 reais. Disse, também, que o atual secretário responsável, não atende ninguém, não dá satisfações, e que talvez pela tribuna da Câmara ele agora ouça. “Aquele bairro não é uma ilha, mas estão tratando as pessoas como refugo, jogadas lá e esquecidas. Os esgotos arrebentados e fétidos, está tudo estourado”. A vereadora se mostrou indignada.
O presidente da Câmara, José Carlos (Patriota), pediu um aparte e disse que Imperatriz tem hoje 17 poços artesianos sustentados pelo município, pois quando este cedeu o sistema de águas ao Estado ficaram esses poços para a secretaria de agricultura cuidar e isso perdura ate hoje. “Precisamos saber urgentemente por que o sistema do Sebastião Régis foi passado para a Caema sem o conhecimento da casa de leis. Se isso aconteceu, está totalmente errado, pois deve ser entregue primeiro ao município e somente depois a gestão faz o que acha melhor, inclusive pode doar para a Caema como concessão”.
José Carlos informou, ainda, que os poços do Conjunto Vitória, Lagoa Verde, 1.700, do Centro Novo, da Coquelândia, São Félix, Petrolina e vários outros são administrados pelo município e nesses locais ninguém paga água. Somente o Sebastião Regis foi assumido pela Caema. “No Sebastião Régis são pessoas humildes e trabalhadoras. Isso é desonesto, abusivo, absurdo e acaba mais ainda com a população carente. Vamos todos os vereadores buscar saber por que isso está acontecendo, pois é necessário um documento autorizado pela Câmara para o sistema ser entregue a Caema. Lá o sistema de esgoto não presta, estão jogando o rejeito in natura dentro do rio, o sistema de água não funciona, a água não tem qualidade e o valor cobrado é exorbitante, sendo que a zona é rural. Cabe a nós vereadores resolvermos este problema urgentemente pois não tem como um morador carente pagar R$ 900 reais de água, nem grandes empresas pagam isso”, declarou.
O presidente pediu ao final que a secretaria legislativa pesquise documentos da Câmara para saber se a Prefeitura autorizou através da Casa de Leis que o sistema do bairro fosse passado para o Estado e afirmou que irá tomar as providencias para reaver a concessão e isentar os moradores ou pelo menos alterar as cobranças para pagarem uma taxa mínima dentro das suas condições.
Texto: Assessoria.
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