quinta-feira, 25 de junho de 2020

Câmara rejeita pedido do executivo para suplementação de orçamento

Imperatriz - Na manhã de terça-feira (23), foi discutido projeto de autoria do executivo municipal que dispõe sobre orçamento anual e pedia adição de 15% acima do limite orçamentário aprovado, no valor de R$ 816 milhões de reais, o que autorizaria a prefeitura a gastar um crédito adicional complementar de mais de R$ 120 milhões.

A matéria passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e o relator, vereador Fábio Hernandez, deu parecer negativo e inconstitucional, pois não teve as respostas dos ofícios enviados. Tanto a gestão, como a Procuradoria e a Secretaria de Orçamento e Finanças da Prefeitura não informaram ao relator sobre a que passo andava essa suplementação e para que serviria o remanejamento desse crédito adicional de 15%. Não tendo as informações pertinentes, a Comissão entendeu pela inconstitucionalidade, e o voto foi seguido pelos membros Adhemar Freitas Júnior, Zesiel Ribeiro e Ricardo Seidel.

De acordo com os termos do regimento interno, toda matéria que recebe parecer inconstitucional na CCJ, é submetida ao plenário e este por maioria simples pode derrubar o projeto. A matéria foi colocada em discussão e após ser apresentado o parecer do relator, que declarou ser inconstitucional e ilegal o projeto do executivo, ficou a cargo dos vereadores a decisão. O plenário acatou o parecer por dez votos a sete e o pedido foi arquivado.

Os vereadores entendem que não é coerente e plausível o pedido da gestão, já que não houve essa necessidade em nenhum dos anos anteriores (2017, 2018, 2019). “Não existe justificativa para essa suplementação, não há comprovação material, desrespeitam o orçamento feito pela própria gestão, não comprovam destinação e também não prestam informações ao poder legislativo sobre o que será feito”, - explicou Hernandez. (Foto com Seidel e Adhemar).

O primeiro pedido de crédito adicional foi em março deste ano, ainda antes do período de quarentena e pedia uma suplementação de 50% em cima do valor do orçamento, que foi rejeitado. Agora novamente a gestão tenta autorizar uma suplementação, mas não informa para quê ou onde serão usados os recursos.

Texto: Assessoria.
Foto: Fábio Barbosa

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