quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Santos empata com o River e está fora da Sul Americana

Carlos Sanchez é a imagem da decepção na eliminação do Santos.
(Foto: Marcos Riboli.) 
São Paulo - O silêncio de um Pacaembu sem torcedores marcou com melancolia a eliminação precoce do time de Jorge Sampaoli, sensação da temporada, na primeira fase da Copa Sul-Americana. O empate em 1 a 1 em São Paulo na última terça-feira serviu aos uruguaios, bem mais modestos, que já tinham comemorado um 0 a 0 no jogo de ida, há duas semanas. Faltaram testemunhas ao vexame santista. O Pacaembu se manteve de portões fechados graças a uma punição aplicada ao clube, que viu torcedores entrarem no gramado e atirarem bombas no campo em agosto passado, em outra queda traumática, aquela contra o Independiente, nas oitavas de final da Libertadores.

A eliminação cria uma fissura no começo de trabalho de Sampaoli, tão elogiado pela forma ofensiva como tem montado a equipe. O River Plate-URU fez o que lhe cabia. Montou uma retranca respeitável, praticamente anulou o ataque do Santos e viu o rival perdido – com a bola, por quase todo o tempo, mas perdido.

Com o time inteiro sempre postado no campo do adversário, o Santos deu aos uruguaios uma única oportunidade. Num contra-ataque perfeito, Mauro da Luz ganhou de Felipe Aguilar na velocidade, deixou Vanderlei para trás e fez o gol dos visitantes. O silêncio do Pacaembu foi quebrado por uns dez dirigentes do River Plate-URU que viam o jogo das cadeiras. Eles calaram o estádio – não que fosse necessário algum esforço, mas teriam feito o mesmo ainda que o lugar estivesse cheio.

A queda expõe o planejamento frágil da diretoria santista para a temporada, até então sob as sombras dos bons resultados no Campeonato Paulista e de uma classificação fácil na Copa do Brasil.

Se Sampaoli foi uma cartada audaciosa, e acertada até aqui, o elenco ainda carece de jogadores para funções importantes. O clube foi o último, entre os grandes do país, a apresentar um reforço para este ano. Fevereiro está acabando, e o Santos ainda não tem um lateral-esquerdo que mereça a confiança do treinador. Orinho é o único da posição, mas Sampaoli prefere improvisar o atacante Copete por ali. Com péssimo resultado.

Com um bom time, mas um elenco incompleto, Sampaoli se despediu da Copa Sul-Americana sem fazer a terceira substituição contra o River Plate – no jogo, trocou Pituca por Felippe Cardoso e Alison por Yuri. Precisando de um gol para se classificar, achou melhor deixar Eduardo Sasha, Arthur Gomes e Yuri Alberto no banco. Ele cobra a contratação de um centroavante. Era o único torneio internacional do Santos na temporada. Que só não acabou em silêncio por causa da festa dos uruguaios.

Fonte: Globo.com

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