quarta-feira, 22 de junho de 2016

Bastidores da política desta quarta...

Imperatriz - Confira alguns tópicos da "Coluna Bastidores", escrita pelo jornalista, Coló Filho, no jornal "O Progresso", edição desta quarta-feira, 22 de junho de 2016.
Jornalista Coló Filho, de O Progresso.

Bastidores
22 de junho de 2916

Aliança
Circularam comentários ontem, logo após a posse do ex-prefeito Ildon Marques como deputado federal, de que ele teria ligado para o prefeito Sebastião Madeira. Se for verdade, o que os dois conversaram, só eles sabem. Mas dois assuntos principais não deixariam de ser abordados: a posse de Ildon e a sucessão municipal. Na segunda-feira, um aliado do ex-prefeito informou que Ildon poderia procurar Madeira para conversarem sobre a possibilidade de uma aliança entre PSB e PSDB, já que o tucano não deve seguir o PCdoB no apoio a Rosângela Curado (PDT). Os dois não são inimigos, apenas adversários políticos, mas se respeitam. Madeira só deve decidir o seu rumo no próximo mês, mas no momento demonstra simpatia pelo nome do empresário Ribinha Cunha (PSC). Para um acordo com o tucano, Ildon Marques teria que colocar a vaga de vice à sua disposição. Madeira indicaria um integrante do PSDB ou mesmo Ribinha Cunha. Do ninho tucano, ele teria como opções os secretários  Zesiel Ribeiro, Miriam Reis, Daniel Souza e Cabo J. Ribamar.

E aí?
O que trará de benefício político-eleitoral a Ildon Marques a sua posse como deputado federal por quatro meses? Ela é vista como uma faca de dois gumes. Cria-se uma expectativa muita grande sobre o parlamentar, achando que ele pode resolver todos os problemas. E não é bem assim. E o momento político em Brasília é delicado. Possivelmente a votação da cassação de Eduardo Cunha vai cair quando Ildon ainda estiver lá. E aí? Vai seguir a orientação do PP, partido do deputado licenciado André Fufuca, o titular da cadeira que Ildon ocupa? Se for a favor de Cunha, perde junto à opinião pública. O benefício do mandato temporário seria a imunidade parlamentar e um forte argumento para rebater os comentários de que não pode disputar as eleições porque seria inelegível.

Beneficiado
Quem está rindo à toa com a indicação de Adonilson Lima para vice de Rosângela Curado é o vereador Carlos Hermes. Do mesmo partido, ele espera que boa parte do bolo eleitoral do camarada Adonilson vá para o seu prato, porque atuam praticamente na mesma camada eleitoral. Pelo menos no meio dos comunistas, é certeza que ganhará muitos eleitores de Adonilson.

Olha aí!
Os partidos que hoje integram o grupo que comanda o Estado estão se articulando nestas eleições já pensando em 2018. Por exemplo, não foi à toa que Flávio Dino mandou o PCdoB abrir mão da prefeitura de Imperatriz para apoiar o PDT. Agora o que se estranha é que os partidos de oposição estadual (leia-se Grupo Sarney) não vêm tendo o mesmo cuidado. O PV de Sarney Filho vai apoiar o PDT, que em 2018 estará com o PCdoB de Flávio Dino. O DEM também seguiu o mesmo caminho. Será que os sarneystas estão desaprendendo o que sabiam muito bem, a arte de fazer política?

Caminho aberto
Com a possibilidade do PSDB não integrar a aliança PDT-PCdoB,  o PT não vê mais problema para se manter no grupo do Palácio dos Leões nas eleições. Os petistas haviam decidido não seguir o PCdoB e PDT tendo os tucanos no mesmo palanque. Com isso, a aliança ganha um tempo significativo no horário eleitoral gratuito no rádio e na tv.

Opinião
Não vejo futuro nessa coligação”. A afirmação é do vereador João Silva (PRB), ao comentar sobre a aliança PDT-PCdoB. Segundo ele, seria bom que os demais partidos debandassem, porque se Rosângela Curado ganhar os comunistas vão dizer que será mérito deles, “o mesmo que fizeram com o Madeira”. Vale lembrar que Silva é líder do Governo Madeira na Câmara e é(ra) Rosângela.

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