quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Contadores dizem que a prefeitura dificulta abertura de novas empresas

Foto: Sidney Rodrigues.
Imperatriz - Foi realizada, na manhã de terça-feira (29), pelo Sindicato dos Contabilistas de Imperatriz, tribuna popular que tratou sobre a qualidade no atendimento aos contadores na Secretaria Municipal de Fazenda de Imperatriz (SEFAZ).

O sr. Odaias Lima, representante do sindicato dos contabilistas, tratou sobre o assunto e deixou claro que quem comanda a SEFAZ não conhece a realidade e as dificuldades que os profissionais passam ou as necessidades que a categoria tem. De acordo com ele, o papel dos profissionais é o de prestar o serviço de auxilio na arrecadação dos tributos e não se arrecada sem contabilidade, mas o que parece é que a secretaria não entende isso. Não dá o valor a quem fomenta os recursos que mantém a máquina pública, falta respeito, consideração, prestam serviço publico sem sequer ouvirem quem gera receita através dos empreendedores que compram, vendem, geram serviço, geram riqueza e os recursos que pagam os salários, inclusive dos entes, servidores e toda a prefeitura.

Ele informou que pela primeira vez buscam ajuda da Câmara, pois mais de 80% das empresas da cidade não tem alvará de funcionamento, e isso acontece por que o município não interessa em arrecadar e entrava os processos, está desgovernada e para cada secretaria existe um dossiê para se abrir uma empresa. O que o sindicato pede é que seja criada uma documentação única, para que todas recebam uma documentação ao mesmo tempo e agilize todos os processos.

- “Não é possível que uma secretaria não se comunique com a outra, nós vivemos na era da tecnologia, mas é necessário um calhamaço de papel para o meio ambiente, outro para a defesa civil, outro para a vigilância sanitária, outro para a Sefaz, outro para planejamento e o empresário fica enforcado. Os funcionários não tem compromisso e ninguém agiliza nada, sempre há uma falta de vontade de atendimento. Ou não sabem o que é ser servidor publico ou não gostam do trabalho. Nunca existe uma resposta positiva, sempre é não, como se estivéssemos pedindo favor ao município, entravando assim a arrecadação. Se preciso tirar uma regularização de ITBI são necessários 10 dias para se fazer a vistoria para levar arrecadação para a cidade e não é só com o contador, mas com todas as pessoas de todos os seguimentos. O empresário que tem juízo não vem para o Maranhão, pois pra se conseguir uma licença, quando uma papelada está pronta, a outra já venceu... isso não é admissível, pedimos que nos ajudem!” - disse Odaias Lima.

Ele disse, também, que recentemente foi comprado um programa milionário para a Sefaz, mas esse não se comunica com o sistema anterior, pois ele não migra o banco de dados e é necessário cada contador levar todos os documentos novamente. Mesmo com cartão de CNPJ chancelado, requerimento com firma reconhecida e histórico anterior, não conseguem trabalhar, pois o programa que lá existe só serve para tirar nota e isso emperra tudo.

O governo federal esta implantando o programa SIM em todo o Brasil e a lei da Liberdade Econômica foi sancionada, mas a Sefaz não tem interesse de fazer funcionar aqui. “Não podemos contar com ninguém ou procurar quem responda. Ou não estão ou não podem atender. São servidores públicos e não atendem ninguém da forma correta. Gente que recebe recurso público agindo de acordo como lhes convém. Por isso as empresas funcionam sem licença.  Quatro, cinco secretarias analisando a mesmo empresa, precisamos urgentemente de ajuda”.

O representante dos contadores encerrou dizendo que as mazelas são muitas, mas o que eles pedem é ajuda, para que o município siga o exemplo do Governo Federal que faz isso para agilizar os processos e gere emprego e renda. Para ele é inadmissível que a segunda maior cidade do estado tenha secretários importados de outros estados ou municípios, “É um absurdo, gente que não conhece a cidade nem suas dificuldades, precisamos de gente é daqui. É por isso que chegamos lá e o secretário não nos atende. Na gestão passada mesmo andando devagar existia respeito conosco e tinha quem nos recebesse e resolvesse as coisas”, finalizou.

O presidente da Câmara, José Carlos Soares, encerrou a Tribuna dizendo que essa situação atrapalha todo o sistema econômico da cidade, certidões não saem e criam dificuldades para vender facilidades. “Querem matar os contribuintes, pessoas direitas sofrem com a corrupção e as coisas erradas. A cidade não é do prefeito e não iremos aceitar isso. Devem ser nomeadas pessoas competentes e compromissadas com o progresso e desenvolvimento da cidade. Iremos fazer nossa parte para que isso mude imediatamente”, disse.

Texto: Assessoria.

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