Bastidores da política desta quinta...

Imperatriz - Confira alguns tópicos da Coluna Bastidores, escrita pelo jornalista Coló Filho, no jornal o Progresso, edição desta quinta-feira.

Bastidores

Setembro 5, 2013

Assim é

Acha-se que vereador ganha muito. Realmente o salário não é ruim, comparando-se com o que ganha a maioria da população, mas quando chega no final do mês está todo comprometido, porque o eleitor está ali na porta do gabinete ou da residência do vereador, 24 horas por dia. Há vereadores, aqui mesmo em Imperatriz, que ao deixarem a Câmara passaram a enfrentar dificuldades. Aquele que já tinha uma profissão, como médico, advogado ou engenheiro, continuou com a sua vida financeira normal. Há quem entrou rico e saiu quase pobre. Nerias Teixeira pode ser um exemplo. Grande comerciante da região de São Pedro d’Água Branca, perdeu quase tudo na política. É verdade que alguns se dão bem, mas muitos não. Agora mesmo, um ex-vereador que atuou na legislatura passada estaria em dificuldades, precisando recorrer a amigos. Portanto, nem tudo são flores na vida do político. Especialmente de vereador.

Polêmica

Ontem os vereadores voltaram a debater sobre o projeto de lei do Poder Executivo que trata de um empréstimo no valor de R$ 50 milhões junto à Caixa Econômica Federal para obras de infraestrutura em bairros. Os vereadores da oposição se manifestaram favoráveis ao empréstimo, desde que seja criada uma comissão, com representantes de segmentos da sociedade, para fiscalizar a aplicação dos recursos. O vereador José Carlos, líder do Governo, não se conteve e da tribuna jogou duro. Ele observou que uma das funções do vereador é fiscalizar o Executivo. Com essa prerrogativa, os próprios vereadores da oposição poderiam fiscalizar. Portanto, não haveria necessidade de uma comissão.

Título

Revelou-se ontem na Câmara que um dos Projetos de Decreto Legislativo a serem apresentados propõe a concessão de título de cidadania ao ex-deputado estadual e ex-prefeito de Davinópolis, Francisco Pereira Lima, o Chico do Rádio. Pelo que se ouve na Câmara, se for apresentado, vai gerar polêmica, mas há a certeza de que será aprovado.

Demarcação

Ontem o Grupo de Trabalho de Terras Indígenas, formado por parlamentares e lideranças indígenas, reuniu-se para apresentar o relatório final de seus trabalhos. O grupo foi criado em abril deste ano para tentar um acordo em torno das regras de demarcação de terras indígenas. O grupo surgiu da pressão de centenas de índios que ocuparam o Plenário da Câmara em 16 de abril, em protesto contra a PEC 215/00, que transfere para o Legislativo o poder de decidir sobre a homologação das terras indígenas. Produtores de Amarante acompanham atentamente a questão, porque podem perder suas terras em caso de demarcação das terras indígenas naquele município. A ampliação da reserva abrangeria 75% do município de Amarante, o que o levará a colapso administrativo. Mais de três mil famílias seriam expulsas de suas terras.

E...

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, apresentou projeto de lei que suspende processos demarcatórios de terras indígenas sobre propriedades invadidas por dois anos seguintes à sua desocupação. Em discurso da tribuna do Senado, ela destacou que restabelecer o Estado de Direito e garantir segurança jurídica aos produtores rurais é fundamental ao bom desempenho da agropecuária brasileira. De acordo com a CNA, só nos primeiros sete meses deste ano, o Observatório das Inseguranças Jurídicas no Campo, do Instituto CNA, registrou 105 invasões de indígenas em propriedades rurais do país. Ao todo, são 190. Os dois Estados em que a situação se revela mais crítica são o Mato Grosso do Sul, com 67 fazendas invadidas – cerca de 3 milhões de hectares – e a Bahia, com 80 fazendas invadidas.

Perseguição

Depois de destacar o anúncio e inauguração de várias obras durante o Governo Itinerante, o líder do Bloco Parlamentar pelo Maranhão, deputado Roberto Costa (PMDB), denunciou o que considera de perseguição por parte do presidente da Embratur, Flávio Dino, para com as obras do Governo do Estado. De acordo com o parlamentar, a representação feita pelos deputados de Oposição tem o intuito de fazer um trabalho contra a população do Maranhão. Roberto Costa pontuou que a tentativa de paralisar as obras do Governo é de responsabilidade de Flávio Dino. Já o deputado Marcelo Tavares (PSB) defendeu Flávio Dino, afirmando que as irregularidades são reais e que as denúncias são feitas para ajudar o Estado.