terça-feira, 3 de maio de 2011

Governadora lança campanha de vacinação contra febre aftosa

Governadora Roseana vacina gado no lançamento da campanha

O Maranhão espera conquistar este ano a classificação de zona livre de febre aftosa com vacinação. A meta foi confirmada pela governadora Roseana Sarney e pelo secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Cláudio Azevedo, durante o lançamento oficial da I Etapa da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa. O evento aconteceu nesta terça-feira (3), na sede da Associação dos Criadores do Estado do Maranhão (Ascem), localizada no Parque Independência, em São Luís.

A governadora assinalou que o reconhecimento será garantido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), caso a cobertura vacinal atinja um índice acima de 90%. “Temos que vacinar 100% nosso rebanho e torcer para que o mesmo aconteça nos demais estados do Nordeste. O interesse é geral, pois ganham os criadores e ganha a economia maranhense com mais postos de trabalho e renda”, ressaltou Roseana.

A primeira etapa da campanha, iniciada no dia 1º, será realizada em todo o estado até o dia 31 deste mês. Todos os criadores de bovinos e bubalinos devem vacinar seus rebanhos, não importando o número de cabeças que possuam. Há 10 anos o Maranhão não registra nenhum foco da doença.

Além de vacinar seus animais, o criador deve comprovar a vacinação nos escritórios da Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), que possui o cadastro de todos os produtores. Para isso, é necessário que ele apresente a nota fiscal da vacina. “Sem o atestado da vacina os animais não podem circular pelas barreiras sanitárias e correm o risco de serem abatidos nos mercados municipais”, explicou Cláudio Azevedo.

O secretário informou que este ano, num acordo formalizado com o Mapa, os técnicos estaduais vão promover a vacinação dos rebanhos em áreas quilombolas e nas 12 áreas indígenas maranhenses. Os pequenos criadores que tenham dificuldades em vacinar seus animais podem procurar o escritório da Aged para obter orientações ou capacitação.

Segundo Cláudio Azevedo é fundamental que o trabalho seja persistente para que o Maranhão consiga o certificado de livre da aftosa. “Com esse reconhecimento, o nosso rebanho, que hoje é de 7,2 milhões de cabeças, passará a mais de 10 milhões nos próximos três anos”, comparou Claudio Azevedo. Ele calcula uma valorização em torno de 20% a 30% no valor comercial da carne bovina, o que já acontece nos estados do Mato Grosso e Tocantins. Além de se atrair investimentos de grandes frigoríficos brasileiros.

A expectativa do criador maranhense é realizar o sonho de abrir as portas para o comércio exterior. “O objetivo do empresariado maranhense é efetivamente exportar para o Oriente Médio e para o Mercado Comum Europeu, um sonho que a partir desse ano pode se tornar realidade”, ressaltou o presidente da Associação dos Criadores, do Maranhão (Ascem), Marco Túlio Dominici.

Ele lembrou que todos os produtores são conscientes da importância da vacina e aponta o trabalho do Governo do Estado como essencial para o sucesso da campanha. “O Governo do Estado tem sido um grande parceiro da iniciativa privada do setor pecuário”, afirmou.

Atualmente, 15 unidades da federação são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal como livres de febre aftosa com vacinação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal. Além disso, detém esse status, a região Centro-Sul do Pará e os municípios de Guajará e Boca do Acre, no Amazonas.

Fonte: SECOM.



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