terça-feira, 28 de setembro de 2010

Estudantes saem às ruas e repudiam ação do sindicato dos professores.


Estudantes da rede estadual de ensino em Imperatriz foram às ruas, na manhã desta terça-feira, 28, para repudiar de forma veemente a tentativa do Sindicato dos Professores da Rede Estadual de Ensino (Sinproesemma), que tem sede regional na cidade, de tentar promover uma paralisação dos educadores nas escolas, prejudicando o andamento do ano letivo e a preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Com faixas e cartazes, a manifestação pacífica, percorreu as ruas do centro comercial da cidade, chamando à atenção da população.

O ato foi finalizado em frente à Câmara de Vereadores. Uma comissão de vereadores, formada por Rildo Amaral (PV), Raimundo Roma (PSL), Francisco Chagão (PT), Hamilton Miranda (PSDB), Chiquinho da Diferro (PMN) e Fátima Avelino (PMDB), ouviu os estudantes, que solicitaram apoio dos membros do Legislativo no sentido de alertar a sociedade para o uso eleitoreiro do movimento e para o risco dos estudantes serem prejudicados.

Para a presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES), Jackeline Moreira, a suposta paralisação às vésperas das eleições tem motivações políticas e em nada visa a melhoria da qualidade de ensino. “Não aceitamos sermos prejudicados por esse movimento de paralisação articulado pelo Sinproesemma com forte apelo político. Somos estudantes e desejamos que os professores estejam em sala de aula, reforçando nossos conhecimentos, principalmente nesse período que antecede a prova do Enem”, enfatizou.

Jackeline Moreira denunciou que militantes do Sinproesemma, entre eles o próprio presidente da entidade, Júlio Pinheiro, visitaram escolas estaduais em Imperatriz na semana passada, na tentativa de envolver estudantes de Imperatriz numa campanha contra a governadora e candidata à reeleição Roseana Sarney (PMDB). “Não vamos embarcar nesse jogo sujo e conclamamos os estudantes e pais de alunos a não aceitarem esse tipo de iniciativa que em nada engrandece a nossa educação”, refutou a líder estudantil.

“Sou estudante e luto por um futuro com melhores dias. A educação pode me permitir isso, mas, com atitudes como essa do sindicato, me sinto prejudicada”, afirmou a estudante Fabiana Freitas, 18.

Em nota divulgada na imprensa, a Umes afirmou que “não há como dar credibilidade a um movimento que nasce sem base classista e reúne um grupo de poucos revoltados. Os pais querem os filhos na escola, estudando. Os estudantes querem os professores em sala de aula”. Outro trecho da nota diz que “em outros momentos, manifestações justas e em momentos oportunos, a Umes esteve na vanguarda, ao lado dos professores. O que não podemos aceitar neste momento, é que a educação seja prejudicada por interesses alheios a educação”.

O Gestor Regional de Educação, Agostinho Noleto, informou que a maioria das escolas da rede estadual de Imperatriz funciona normalmente e que diretores e professores se mantêm dispostos a continuar em sala de aula. “Está cada vez mais claro para a comunidade escolar e a sociedade que a suposta paralisação tem motivos eleitoreiros, o que é inadmissível”, disse.

2 comentários:

  1. Quais estudantes... porque aqueles para quem dou aulas lhe garanto que não foram... Essa Jaqueline é quem esta realmente em defesa do governo. Ela nunca representou verdadeiramente os estudantes já que só comparece em momentos de eleição e usa a umes para fazer politicagem. Quanto aos vereadores toda a sociedade imperatrizense sabe de quem são os interesses que eles defendem. Sobre os professores cabe informar que o movimento não é eleitoreiro até pq o sindicato representa todos os professores independente da posição ideológica e a luta que emplacou esta semana começou ano passado, periodo em que o governo está para aprovar o estatuto do magistério. E Sr. Agostinho lhe garanto que hoje as escolas não estavam funcionando, prova real de que não sabe de nada...

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  2. Nossos estudantes já tiveram melhor representado. Essa patricinha está tentando utiliza a UMES como trampolim para um cargo público e/ou eletivo. Os professores tem mesmo que reinvidicar seus direitos. Se o unico modo de serem notados é a greve, que assim seja. Acho que nós estudantes deveríamos ir às ruas, sim, mas em apoio aos nossos professores.

    Antonio Andrade

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